quarta-feira, 13 de novembro de 2013

(Tutorial 1) Maquetes físicas: algumas considerações iniciais importantes:colas


Algumas sugestões de procedimentos básicos para colagem dos papéis de uma maquete

Bem, fazer a maquete é sempre aquele momento meio tenso em que você descobre que não tem nenhuma habilidade para tal. Mas em realidade, ninguém faz o que nunca aprendeu. Esse tutorial inicial sobre os materiais para colagem de procedimentos básicos para realização de uma maquete.O tutorial fornece dicas para evitar que você cometa os erros mais comuns e que acabam prejudicando muito o acabamento e o processo de colagem da maquete.


Passo 1-COLAS

Existem vários tipos de cola. Cada uma é apropriada e importante para a realização do processo de colagem de vários materiais e objetos. Mas, nem todas as colas são adequadas para colar os papeis utilizados em maquetes.

NUNCA UTILIZAR 1.1: O adesivo instantâneo universal  (SUPER BONDER, ETC)
 
Essa cola já ajudou você a  colar vários objetos rapidamente e com certeza que você  já inclusive colou os dedos e ficou com uma agonia dessa cola grudada neles e  não conseguia tirar.  Essa cola é a fonte da desgraça de muitos ao fazer a maquete. Pois, tudo que cola rápido demais cola torto e depois ninguém descola. Essa cola mancha os papeis de maquete.No final, você vai ter que comprar os materiais tudo de novo ou vai entrar em desespero porque tava fazendo a maquete na madrugada antes da entrega. E claro que você deixou a maquete pra última hora, tipo das 4:00 am até às 6:00 am.
Além disso, se você tiver usando o acetato para simular o vidro NÃO COLE ELE EM NADA COM O ADESIVO! Vaii manchar, às vezes não cola direito e no final o que vai te sobrar será o desespero e seus dedos grudados e o material todo comprometido com manchas brancas horríveis.
NUNCA UTILIZAR 2.1: Cola Quente
Essa cola é ótima para fazer artesanato!!!!!Mas nunca para maquetes. A bitola de saída da cola é grande e sai em jatos,escorrendo por tudo. Alem do mais essa cola forma uns fios que grudam em tudo e quando você tenta tirar eles arrancam o acabamento superficial dos papeis de maquete.
Cola que sai em golfadas NÃO SERVE PARA MAQUETES,pois compromete o acabamento e o excesso de cola mancha e marca muito.
Tem outra questão muito importante sobre essa cola: as queimaduras!!!!Depois de estragar o papel utilizado para maquete, essa é a hora que você chora, entra em desespero e ainda queima alguém. Por isso, cuidado com o uso da cola quente, não deixe a pistola muito tempo ligada!

NUNCA UTILIZAR 3.1: COLA PARA MADEIRA

O nome já diz tudo: cola para madeiras!!!Não é para papéis. Essa cola mancha os papeis de maquete, além de ser amarela o que é péssimo para o papel smith, paraná, kratf.
Que cola utilizar??COLA BRANCA SEMPRE
Cola branca é a cola adequada para colar qualquer tipo de papel. Demora um pouco mais para colar mas é fácil descolar, cola muito bem, não mancha.Mas atenção procure observar as várias marcas existentes tem algumas que são mais aguadas que outras o que torna o tempo e o processo de colagem mais demorado.

Que cola utilizar??COLA ACRILEX ISOPOR/EVA
Quando utilizar eva, isopor o melhor material é a cola acrilex, pois ela é transparente, cola rápido e não mancha.Quando você for inserir árvores na base essa cola é muito boa também.

Se você tiver mais alguma dica do que não fazer em uma maquete, quiser contar sobre sua relação às vezes nada afetiva com a maquete, desabafar ou chorar pelo trabalho que perdeu, comente. É importante dividir experiências e conhecimentos.

domingo, 10 de novembro de 2013

Praça Aleâncio da Veiga,Novo Hamburgo,RGS. Disciplina Maquetes/ Professora:Ana Souto

Trabalho individual

Materiais utilizados:
Topogafia: Paraná pardo
Árvores: Bucha vegetal pigmentada tons verde
Bancos: paraná pardo
Brinquedos: Material livre



ALUNA: Milena Ody Ebert


Aluno: David Oliveira


Aluna:Karini Scheider

Praça Chavantes,Noho Hamburgo, RGS/Disciplina:Maquetes/Profe:Ana Souto

Trabalho realizado em duplas na disciplina de maquetes.

Materiais utilizados.
Topografia:paraná pardo
Árvores:bucha vegetal pigmentada tons verde
Bancos:papel paraná pardo
Brinquedos: material livre.


                                               
                                                Alunos: Amanda Hartz e Natanael Stenger.

                                                   
                                               Alunos:Luana Eckhard e Wagner Sprandel


                                                          Alunos:Henrieta Hense e Willian Popovicz


                                           
                                             Alunas: Aline Moraes Dias e Cristina S. Santos



                                                      Alunas: Carolina Birk e Lídia B. Dreger

domingo, 3 de novembro de 2013

Um Clássico da Arquitetura Moderna-Casa Farnsworth/Arq. Mies van der Rohe

Mies van der Rohe: A incorporação do 
edifício ao lugar.

A arquitetura do menos é muito mais. Nos projetos de Mies as particularidades físicas do entorno são levadas em consideração. 

Desde enfrentar os maiores inconvenientes para dar ao edifício a sua forma mais característica. A relação com o lugar não é de sujeição,muito ao contrário.
A arquitetura se vincula espacial e visualmente com o espaço que a circunda até onde a vista alcança. O arquiteto não estabelece relações miméticas com o entorno.

O lugar de intervenção é uma das principais circunstâncias que o arquiteto aborda, forma parte do momento de começar o projeto.

A elevação da casa com relação ao terreno natural impede um uso convencional do espaço que a rodeia.

Os pilares não interrompem os planos  horizontais.Mies localiza a casa na parcela alagadiça do rio. A geometria assumida e as qualidades dos materiais diferem dos habituais do entorno. O contraste estabelecido não impede  o arquiteto de estabelecer um compromisso com a natureza do lugar e sim ao contrário. 

A transparência permite que desde o interior se obtenha consciência da paisagem do entorno,mas também atua de maneira inversa, ao incorporar o espaço interior da casa. Mies estuda cuidadosamente cada elemento interior em função de sua repercussão no sítio que ordena através da arquitetura que projeta.O arquiteto assume o lugar sabendo como resolvê-lo através do projeto proposto.

Assim como em vários outros projetos de Mies, a estrutura é determinada com precisão antes de ordenar o espaço interior. A estrutura marca a pauta de ordenação sobre o qual se estabelecem os demais elementos: o fechamento, a plataforma exterior, o alpendre e o núcleo de serviços, componentes que trabalham para marcar a posição da casa na implantação.

Os planos horizontais elevados do solo, a posição e altura da plataforma, a situação do núcleo frente às árvores existentes, a altura do mobiliário que permite as visuais cruzadas ou a justaposição da estrutura entre os troncos das árvores. A omissão do caminho de acesso e de outros elementos de urbanização tem como objetivo desligar a casa de qualquer outra intervenção humana nas proximidades, da rodovia ou da cerca de acesso.

O arquiteto poderia ter retirado a casa da parcela alagadiça do terreno. Mas, ele enfrenta as condições do lugar e resolve a forma  em função dessa especificidade.Localiza o volume em baixo da sombra das árvores que crescem junto a margem do rio e eleva a casa. Se fosse localizada em outra parcela do lote, o projeto seria totalmente diferente.

Esse é um dos projetos que revelam como as decisões projetuais tem uma relação especifica com as condições e características de cada lugar de implantação, o entendimento do lugar faz com que se entenda as decisões formais, as cores,os materiais utilizados no projeto. A relação com o lugar através da solução projetual assumida legitima o projeto e fornece uma identidade muito forte.


quinta-feira, 17 de outubro de 2013

A maquete física como instrumento fundamental no processo de projeto



É muito discutido o papel da maquete física como um instrumento de representação do projeto arquitetônico em suas diversas fases e escalas. Aliás, no imaginário coletivo, da maioria dos estudantes de arquitetura, me parecer ser esse o único objetivo da maquete, mostrar o projeto para o professor. O projeto está definido e a maquete é realizada.



Em várias situações o aluno olha a maquete pronta e comenta: ”puxa vida, ainda não está bem!!! Quantos alunos prestam atenção as maquetes e analisam suas maquetes, observando as relações estabelecidas com o terreno através da implantação, a composição arquitetônica, o arranjo entre volumes, a relação entre implantação e lote, entre área aberta e construída?



Cada sistema de representação tem um papel fundamental em cada fase do processo de projeto. Durante os estudos preliminares até a geração do partido arquitetônico a maquete física é um instrumento potente de visualização, estudo, e análise das intenções projetuais. É uma maquete rápida, de estudo, relacionada às escalas finais de desenvolvimento do projeto. Normalmente são utilizadas escalas 1:500 se o projeto será desenvolvido em 1:200 ou 1:250, por exemplo.



Nessa etapa do processo de projeto o objetivo é definir a implantação, o zoneamento funcional e a idéia volumétrica do projeto. Essas definições têm uma relação com o programa que será desenvolvido, com o lote, a orientação solar, os fluxos peatonal e veicular além das análises do entorno adjacente e dos índices permitidos. São várias considerações diferenciadas que são relacionadas e sintetizadas através da forma proposta. Esse acerto entre implantação, forma proposta, dimensão e forma do lote é muito importante para a continuidade do processo de projeto.



A maquete enquanto modelo físico de escala reduzida é uma extensão do desenho, com a vantagem da possibilidade de manipulação da terceira dimensão que é real. Durante o processo criativo são importantes os estudos por meio dos modelos de massa para analisar o conjunto da volumetria e o impacto de sua implantação em relação ao entorno. Esse tipo de maquete alimenta a reflexão do arquiteto e revela-se de grande importância no processo de projeto.



A maquete nesta fase é útil para testar idéias e assim enriquecer o processo, interagindo com as demais linguagens gráficas. As maquetes físicas são fundamentais para treinar a habilidade de mão-olho, sendo um importante instrumento para estimular o senso e a percepção espacial e tectônica, contribuindo para o aguçamento do processo criativo na fase inicial do projeto.



A maquete física torna-se um instrumento de estímulo à criatividade na formação projetual dos arquitetos e urbanistas, bem como contribui para a sistematização e a conscientização do processo de projeto através de análises críticas do estudante.






domingo, 15 de setembro de 2013

Modelagem terreno em curva


                                                               terreno em aclive



Devemos ter muita atenção na modelagem da topografia em curva para que a maquete apresente um bom acabamento.


-Primeiro passo é entender o terreno que vai ser representado, se está em aclive ou declive.

-Depois, verificar a escala de representação e a espessura do papel que será utilizado observando se será necessária a sobreposição de camadas para fornecer o nível necessário.
Se for necessária a sobreposição, cuidar para que as camadas tenham a mesma dimensão.


-Muita atenção ao processo de colagem para que as camadas não deslizem e comprometam o acabamento lateral da maquete.


     Dar acabamento ao corte com a lixa

Cuidar a colagem para a maquete ter um bom acabamento lateral

Volume 2-Esquadrias propostas pelos alunos




                                                      Aluno: Natanael Aramis F. Stenger

Volume fornecido 2- esquadrias propostas pelos alunos




                                               Aluna: Deisi Nara Bock

Volume 1- Esquadrias e cobertura rebaixada






Volume em escala 1/100 em papel smith.  O Objetivo é  representar as esquadrias e a cobertura rebaixada. Nesse volume, a composição arquitetônica é evidenciada através do contraste entre opaco (planos brancos smith) e o transparente (vidros) proporcionado pelas esquadrias em negativo. Eu procuro sempre inserir um bloqueio nos vidros, pois em volumes pequenos o interior é oco e as pessoas sempre querem ver o que tem dentro da maquete!!!E com isso a visualização é apenas volumétrica, externa e o contraste entre vedações (brancas) e negativos das esquadrias (preto) fica muito mais destacado.

O papel smith evidencia muito as questões relativas a corte (preciso), colagem e acabamento. Devemos ter muito cuidado para não marcar, manchar ou sujar o papel para a maquete ter uma apresentação limpa e branca.

É muito importante associar a representação arquitetônica à sua construção, na maquete isso pode ser feito através do rebaixamento da cobertura que fornece a idéia de platibanda e as questões construtivas relativas as necessárias camadas de regularização, impermeabilização e isolamento térmico da cobertura.

A maquete é uma representação sintética dos principais elementos da edificação. A representação dos elementos de proteção solares são indispensáveis.

CUBOS DE PARANÁ,SMITH E KRAFT



 Cubos realizados pelo aluno: Natanael Stenger/2013

Esse exercício apesar de ser bem simples nos mostra três ações muito importantes para a realização de uma maquete: 1) o corte; 2) a colagem; 3) o acabamento.

Os três papeis que mais utilizo nas maquetes são o papel smith, o paraná e o kraft. 

São papeis muito diferentes em termos de espessura, densidade para o corte e estrutura para a montagem de planos. Muitas vezes, pensamos que o papel mais fino vai ser mais fácil de cortar, mas ele é muito mais difícil de colar para montar um volume e fornecer rigidez e estrutura. O papel smith apesar de ser mais espesso nos fornece uma excelente estrutura e densidade para o trabalho nas mais variadas escalas arquitetônicas.

Uma maquete branca apresenta um charme todo especial e fica muito elegante. 

Tão importante quanto a colagem dos planos laterais são as coberturas que devem ser bem cortadas, coladas e encaixadas no topo da maquete.


sexta-feira, 23 de agosto de 2013

Exposição Disciplina de Maquetes-Profe Ana Souto


 


 
Casa Osler-Marcio Kogan-escala 1/100-Profe: Ana Souto
Alunas: Lauren Klein e Vanessa Varisco

Casa Mar Azul-Bak Arquitetos-escala 1/50



Casa Mar Azul-Bak Arquitetos-escala 1/50- Profe: Ana Souto
Alunas: Daniele Schmitz e Francine Cardoso


 

O papel da Maquete no processo de projeto


O papel da maquete
 

A maquete assim como o desenho tem um papel fundamental no processo de elaboração de projetos de arquitetura. A maquete é um instrumento de visualização das ideias, materializa as intenções projetuais que podem ser apreciadas segundo uma ótica crítica. É um instrumento de estímulo à criatividade.

Durante o processo criativo são importantes os estudos por meio dos modelos de massa para analisar o conjunto da volumetria, composição e o impacto da sua implantação em relação ao entorno e a relação estabelecida com a área aberta.

A maquete alimenta a reflexão do arquiteto, estudante e revela-se de grande importância no processo de projeto. É um instrumento de geração formal, para testar ideias e enriquecer o processo de desenvolvimento interagindo com as demais linguagens gráficas. Mas muito importante é o desenvolvimento da percepção visual da forma, do espaço, geometria, proporção e escala. Elementos diretamente envolvidos no processo de geração de uma maquete.

O modelo físico como objeto de investigação para estudantes de arquitetura agrega fundamentos, processos e conhecimentos geralmente desfragmentados nas disciplinas do aprendizado arquitetônico. É notória sua importância no resultado projetual nas três etapas de desenvolvimento acadêmico do projeto: Partido/Anteprojeto/ProjetoFinal (que na acadêmica não é executivo), pois o envolvimento com este meio pode repercutir na tomada de decisão de uma ideia seja ela formal, estrutural ou qualquer outra análise atrelada ao projeto, transferindo do plano bi-dimensional para o tridimensional, ou mesmo do plano mental para o tridimensional.


Maquete Praça José Nazário,Novo Hamburgo- escala 1/250
Aluna: Cristiane Bernardes


Casa em Curitiba-Una Arquitetos- escala 1/100
Alunos: Renan Vergutz e Marina Oliveira